Melhor do que eu poderia informar a respeito - o lançamento, ainda neste semestre, do seu primeiro CD, "Festejo e Fé" -, passo a palavra à própria artista no atraente vídeo-release abaixo.
"Cheirando à tinta", como diria o finado "mulatólogo" Oswaldo Sargentelli - expressão aqui utilizada para caracterizar uma alvorada profissional na MPB, de apenas quatro anos -, e dona do mais belo e cativante sorriso entre as intérpretes cariocas de samba da sua geração, Karla da Silva é gratíssima revelação no nosso meio musical, como atesta, também no vídeo-release, a professora de canto Vera Gama. Nesta terça-feira, 22 de fevereiro, às 21h30, no Lapinha, Karla, cria do caldeirão de talentos da nova Lapa, faz mais uma prévia do referido disco, o qual é fruto de sonho e obstinação dessa moça alegre, simpática, de bem com a vida e batalhadora, que, apesar do canudo de papel em Letras (Português/Literatura na Universidade Veiga de Almeida), nasceu para cantar. "Cantar é a coisa que mais amo fazer na vida e, cada dia, cantar toma uma forma maior na minha maneira de lidar com o mundo, com a natureza, com as emoções e as pessoas...Eu canto para o coração de cada ser humano", acentua..Também violinista, descobriu a beleza da nossa música popular nos verdes anos vividos em Cascadura, em meio a rodas familiares de violão no quintal de casa, comandadas pelo avô sete-cordas, aficionado do choro.
Em 2007, foi uma das finalistas da segunda edição do Jovens Bambas do Velho Samba, vencida por Aline Calixto e Manu Santos, uma mostra de novos valores levada avante pelo Carioca da Gema, e, ainda nesse ano, cantou na Orquestra Popular Brasil de Clara, formada, em maioria, por estudantes de música da UFRJ e premiada em festivais, como um no Conservatório de Tatuí, no interior paulista, e outro em Piraí, no interior fluminense. Aliás, caracterizou tais apresentações bem-sucedidas do "ensemble" um largo espectro dos nossos ritmos, "água de beber" em que Karla, com a mão em concha, torna a saciar a sua sede musical na fonte da brasilidade ao enfeixar partido-alto, ciranda e ijexá, por exemplo, na levada dos encantos percussivos deste seu bem-vindo e ótimo disco. Fé na festa e festa na fé. | MySpace
Um bom dia a todos. Muito grato pela atenção à dica.
Um abraço,
Gerdal
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