quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Dica do Gerdal: uma gaita e um piano em viagem pela canção que atravessa o tempo

Prezados amigos,


Em 1958, o sopro do amigo Luiz Manoel já se entrosava com os de Rildo Hora e Sérgio Leite no trio Os Malabaristas da Gaita, pouco após se ter feito notar, individualmente, no "Festival de Gaitas", da Rádio Globo, e no "Pescando Estrelas", da Rádio Mayrink Veiga. Figura bastante presente na noite carioca, com o seu indefectível boné, além da harmônica, ele, em registro documental abaixo, fala, com brevidade, em francês impecável (idioma natal da avó materna), da importância desse instrumento "inséparable" na sua vida - "mon moyen d`expression, c`est une façon de mon âme par la musique".

Aliás, o apreço galófilo ligado à música popular tornou-o um apreciador e até mesmo cantor do repertório de Tino Rossi, Jean Sablon, Gilbert Bécaud e Charles Trenet, entre outros, trazendo da "douce France" deste último, também no vídeo, a lembrança da belíssima "Que Reste-t-il de Nos Amours".



No segundo video, pelo entendimento universal da música instrumental, toca "Samba de uma Nota Só", de Tom Jobim e Newton Mendonça, numa praça de Laranjeiras, juntamente com instrumentistas de um clube de bossa-jazz desse bairro do Rio.






Luiz Manoel, que costuma mesmerizar plateias com sua interpretação fora do comum para "O Trenzinho do Caipira", de Heitor Villa-Lobos, inicia nesta quarta, 8 de setembro, às 19h30, com outro amigo talentoso, o pianista Zelito Medeiros (este de ótimo CD independente já lançado, em 2002, "Boa Notícia"), uma temporada no Salsa e Cebolinha, no Centro, que terá como destaque a reapresentação que farão, a seu modo e com "feeling" integrado, de títulos marcantes da MPB, do jazz e do cancioneiro francês.

Um piano e uma gaita afins e ainda conhecidos de outra empreitada cultural: a do "Cabaré Caruso", uma interessante proposta de espetáculo de variedades levada a efeito por seus criadores, os gêmeos desenhistas Chico e Paulo Caruso.

Um bom dia a todos. Grato pela atenção à dica.

Um abraço,
Gerdal

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