CONCORREM 74 PRODUÇÕES NAS CATEGORIAS DE FICÇÃO E DOCUMENTÁRIO, DIVIDIDAS ENTRE LONGAS, MÉDIAS E CURTAS-METRAGENS.
Um panorama da recente cinematografia dos países latinos e ibero-americanos chega às telas cariocas entre 14 e 26 de junho no 18º Cinesul – Festival Ibero-Americano de Cinema e Vídeo. Serão 230 produções de vários países, sendo 74 participantes nas categorias competitivas de ficção e de documentário, divididas em 18 longas e 56 curtas e médias-metragens. Desses, 10% são filmes brasileiros que concorrem na competitiva, além de quatro coproduções com Costa Rica, Cuba, Portugal e Bolívia.
Nas competitivas estão também 11 filmes espanhóis, sete argentinos, sete mexicanos, quatro cubanos, três venezuelanos, dois portugueses, dois chilenos, dois colombianos e um costa-riquenho, um uruguaio e um peruano, além de cinco coproduções. Com entrada franca, o festival acontece no Centro Cultural do Banco do Brasil, Centro Cultural Correios, Cinemateca do MAM, Centro de Visitantes do Jardim Botânico e Ponto Cine. Haverá ainda exibição de filmes em estações do Metrô. O patrocínio é do Banco do Brasil e dos Correios.
Entre os longas brasileiros que participam da competitiva estão “Curitiba Zero Grau”, de Eloi Pires Ferreira, em ficção; “Malditos Cartunistas”, de Daniel Paiva e Daniel Garcia e “Os representantes”, de Felipe Lacerda em documentário. Na categoria curta e média-metragem de ficção concorrem nove filmes e na de documentário estão 11 produções nacionais. Outras produções nacionais serão exibidas nas mostras paralelas como “Palcos e Telas”, “Foco Espanha”, “Bossas Musicais”, “Cinesul Animado”, “Cinesul Ambiental” e “ Cinesul Fantástico”, uma das novidades desse ano que trará produções que vão da ficção científica aos cine horror.
Cena do Curitiba Zero Grau |
O HOMENAGEADO
O homenageado deste ano é o diretor e produtor chileno Luis Vera, que ganha uma mostra com suas principais obras, todas inéditas no circuito carioca. Nascido no Chile há 58 anos, Vera é formado em Filosofia na Universidade do Chile e tem mestrado em Direção de Cinema na Universidade de Bucareste. Sua relação com a imagem vem de sua primeira experiência, aos 15 anos, como repórter de uma revista esportiva. Aos 18 foi assistente de direção no filme “El Encuentro” (1971), um documentário sobre um fórum mundial juvenil realizado no Chile contra a guerra de Vietnã. Desde 91 atua com professor em instituições de ensino tanto na América quanto na Europa. Em 1995 fundou e dirigiu a TVL, primeira televisão de língua espanhola na Escandinávia.
Já atuou como membro da Associação de Cineasta suecos e delegado do Fórum Europeu de Diretores em Valência. Atualmente é vice-presidente da Associação de Diretores e Roteiristas do Chile e membro do Conselho de Arte e da Indústria Audiovisual de Chile.
De 1972 até hoje realizou mais de 50 curta-metragens documentários e programas de televisão para países como Peru, Romênia, Suécia, Paraguai e Chile. Já escreveu e dirigiu sete longas-metragens, os quais foram exibidos tanto no cinema quanto na televisão de vários países. Entre as participações em festivais nas quais foi premiado estão os prêmios nos festivais em San Sebastián, Montreal, Havana, Berlim, Xangai, Roterdã, Estocolmo, Londres, Nova Deli, São Paulo, Chicago, Trieste, Lima, Cartagena entre outros. Entre suas obras mais importantes estão: “Hechos Consumados” (1985); “Consuelo” (1988);“El país de nunca jamás” (1992); “ Miss ameriguá” (1994), “Bastardos en el paraíso” (2000);” Viola Chilensis” (2003); “Neruda el hombre y su obra”(2004) e “Gabriela de elqui, mistral del mundo” (2006)
Do documentário Malditos Cartunistas |
- Os filmes selecionados:
Competitiva longas ficção
- De mayor quiero ser soldado, de Christian Molina- Espanha/Itália
- El Último Comandante, de Isabel Martínez e Vicente Ferraz - Costa Rica/ Brasil
- Aballay, el hombre sin miedo, de Fernando Spiner - Argentina
- Naufrágio, de Pedro Aguilera- Espanha
- Curitiba Zero Grau, de Eloi Pires Ferreira - Brasil
- Lisanka, de Daniel Díaz Torres - Cuba
- Pompeya, de Tamae Garateguy - Argentina
- Los Papeles de Aspern, de Mariana Hellmund – Venezuela/USA
- Vaho, de Alejandro Gerber Bicecci- México
Competitiva longas documentário
- Malditos Cartunistas, de Daniel Paiva e Daniel Garcia - Brasil
- La deriva dulce de un niño haitiano, de Pedro Ruiz - Canadá/Venezuela
- Os representantes, de Felipe Lacerda - Brasil
- Cuidadores, de Oskar Tejedor - Espanha
- Abuelos, de Carla Valencia Dávila -Equador/Chile
- Luz Teimosa, de Luís Alves de Matos - Portugal
- REHJE, de Anais Huerta e Raul Cuesta - México
- Eso que anda, de Ian Padrón - Cuba
- Claudia, de Marcel Gonnet Wainmayer -Argentina
Competitiva de curta e média-metragem de ficção
- Um animal menor, de Pedro Harres e Marcos Contreras - Brasil
- Homem-Ave, de Rafael Saar -Brasil
- Traz outro amigo também, de Frederico Cabral - Brasil
- A cidade e o desejo nº 5, de Gabriel Bitar - Brasil
- Vecino, de Argenis Mills - Cuba
- Cachoeira, de Sergio José de Andrade - Brasil
- Los minutos, las horas, de Janaina Marques Ribeiro – Cuba/ Brasil
- Eu não quero voltar sozinho, de Daniel Ribeiro - Brasil
- Sombras nada más, de Max Valverde - Costa Rica
- Hidden Soldier, de Alejandro Suárez Lozano - Espanha
- Lost (Perdido), de Alberto Dorado - Espanha
- Teclópolis, de Javier Mrad - Argentina
- Sambatown, de Cadu Macedo - Brasil
- Como pez en el água, de Jimena Montemayor - México
- Las ovejas pueden pastar seguras, de Néstor Sampieri - México
- Tempestade, de Cesar Cabral - Brasil
- Paraíso Terrenal, de Tomás Welss - Chile
- Un Nuevo Baile, de Nicolás Lasnibat - Chile
- Mosca Volando, de Santiago Quintans - Uruguai
- Nawuin, de José Márquez Y Miguel Alvarado - Venezuela
- Nos vamos de este maldito barrio, de Marc Monje - Espanha
- (Ab)Outtime, de Carmelo Viera - Espanha
- Ámár, de Isabel Herguer - Espanha
- Scratch, de Fred Luz - Brasil
- Copia “A” ,de Gervasio Rodriguez Traverso e Pablo Alberto Díaz - Argentina
- Bandoneón, de Aldo Plouganou Salazar - México
- Te Vas?, de Cristina Molino -Espanha
Competitiva de curta e média-metragem de documentário
- O gigante do papelão, de Barbara Tavares – Brasil
- 19º Sur, 65º Oeste, de Juan David Soto Taborda - Cuba
- Retrato de la ausência, de Camila Rodríguez Triana - Colômbia
- Fado Vadio, de Pedro Abib - Portugal/Brasil
- A dama do Peixoto, de Douglas Soares e Allan Ribeiro - Brasil
- Alumia, de Andrea Ferraz e Carol Vergolino - Brasil
- Taba, de Marcos Pimentel - Brasil
- Tierra Fumigada, de Antonio Palomares e Mar Sánchez Pravia - Espanha
- La madrecita, de Miryam Pedrero de Aristizábal - Espanha
- Testigos de un etnocidio: memorias de resistência, de Marta Rodríguez - Colombia
- Mistura, el poder de la cocina, de Patricia Perez - Peru
- O vermelho de selarón, de Rafael Bacelar e Rodolfo Gomes - Brasil
- Babás, de Consuelo Lins - Brasil
- Angeli 24h, de Beth Formaggini - Brasil
- Na trilha do bonde, de Virginia Flores - Brasil
- Kinopoéticas, de Katari Kamina e Pedro Dantas – Bolívia/Brasil
- Tercer tiempo, de Andres Dunayevich e Claudio Bertinet - Argentina
- Zé[S], de Piu Gomes - Brasil
- Sin ti contigo, de Tuki Jencquel - Venezuela
- Gorditas para el muertito, de Edin Alain Martínez Aguirre - México
- Puños bravos, la disciplina, de Samuel Muñoz Gómez – México
- Satélite Bolinha, de Bruno Vianna - Brasil
- Detrás del muro, de Eleonora Menutti – Argentina
- Distancias, de Lina Badenes & Violeta Ronzoni- Cuba/Espanha
- Carinhanha: Um Rio Do Grande Sertão, de Dêniston Diamantino - Brasil
- Padre Motard, de Neni Glock - Portugal
- Paquita y todo lo demas, de David Moncasi - Espanha
- Defensora, de Aitor de Miguel – Espanha/Colômbia
- Ajila, de Miguel Guédez - Venezuela
A História do Cinesul
O Cinesul – Festival Ibero-Americano de Cinema e Vídeo – foi criado, em 1994, no Rio de Janeiro como uma mostra de cinema e vídeo dos países do Mercosul, a partir de iniciativa do Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro, tendo ampliado seu alcance já em sua terceira edição. Ao longo desses anos, cresceu e se estabeleceu definitivamente como uma vitrine da produção cinematográfica latino-americana. Desde a edição de 2006 passou a aceitar nas mostras competitivas trabalhos da Península Ibérica e, desde o ano 2008, filmes em todos os suportes.
Em 2010 foram exibidos cerca de 250 filmes de cinematografias de países como Brasil, Argentina, México, Espanha, Venezuela, Guatemala, Chile, Peru, entre outros. Desses, 19 longas e 54 curtas e médias-metragens participaram da competitiva e os demais chegaram às telas em mostras paralelas como “Palcos e Telas”, “Cinesul Ambiental”, “Arte Cinesul”, “Romance Latino”, “Foco Espanha”, “Bossas Musicais”, “Cinesul Animado”, “Cinesul Ambiental”, “Futebol Latino”, “Panorama Latino” e “TVs Universitárias”. Além dos filmes, o festival prestou homenagem à cineasta brasileira Lúcia Murat e ao Estúdio Cinédia, pelos seus 80 anos, e realizou o seminário “Cinema e História”.
Em 2010, 977 filmes foram inscritos para participar do festival. Do Brasil vieram mais da metade das produções, seguido da Espanha, Argentina e Venezuela. Países como França, Inglaterra e Canadá também inscreveram obras que versavam sobre algum tema ligado à latinidade. O Cinesul é fruto do trabalho da Pulsar Artes e Produção, empresa fundada pela pesquisadora e professora Ângela José do Nascimento, e agora dirigida pelo produtor e pesquisador Leonardo Gavina.
Serviço:
Cinesul – Festival Ibero-Americano de Cinema e Vídeo
De 14 a 26 de junho – Entrada franca
Locais:
CCBB – Rua Primeiro de Março, 66 - Centro
Centro Cultural Correios - Rua Visconde de Itaboraí, 20 - Centro
Cinemateca do Museu de Arte Moderna - Av Infante Dom Henrique 85 – Parque do Flamengo
Ponto Cine - Estrada do Camboatá, 2300 - Guadalupe
Centro de Visitantes do Jardim Botânico – Rua Jardim Botânico, 1008 – Jardim Botânico
Estações do Metrô
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