sexta-feira, 26 de novembro de 2010

3º Festival de Conexão Pernambuco


O festival  itinerante Conexão Pernambuco chega a sua terceira edição levando a deliciosa cultura pernambucana para todos os lugares. Novos talentos e artistas já consagrados se reúnem a grupos locais das cidades por onde passa, sempre com um mote em comum: a forte ligação entre tradição popular e linguagens contemporâneas.

Depois de São Paulo é a vez do Rio de Janeiro receber a programação de 2010, dedicada à música e cinema, no dia 27, no Teatro Rival. Em edições passadas o projeto já recebeu Nação Zumbi - lançando o CD “Fome de Tudo” e depois com show em comemoração aos 15 anos de “Da Lama ao Caos” – Otto, Guizado, Mombojó, Maquinado, Ortinho, Fred 04, BNegão, Junio Barreto e muitos outros. Só fera!

E para essa edição não podia ser diferente. A programação musical carioca conta com Mundo Livre SA e o lançamento de “Herói Trancado”, terceiro álbum de Ortinho, que recebe Jorge Du Peixe e Vitor Araujo como convidados. O grupo carioca Do Amor abre os trabalhos e o produtor Plinio Profeta assume as pick ups nos intervalos.

Para completar a festa ainda tem a exibição dos curtas: 
  • “Samydarsh – Os Artistas da Rua”, de Claudio Assis, Adelina Pontual e Marcelo Gomes, sobre os artistas de rua de Recife
  • “O Mundo é uma Cabeça”, de Bidu Queiroz e Claudio Barroso, documentário sobre Chico Science.
  • “Jorjão” (2004), de Paulo Tiefenthaler, retrato da vida de um dos principais mestres de bateria de escola de samba do Rio de janeiro.
  • “Sehenbergguiana”, de Sergio Oliveira e Willian Cubits, que tem a liberdade do livre pensar como tema, num discurso visual que mistura arte com ciência, biografia com transcendência e geografia com destino, inspirado no legado do físico Mário Schenberg.

Sobre os artistas
  • Ortinho

Ortinho no Conexões PE
O músico e compositor caruaruense lança no festival seu terceiro e mais pop CD, “O Herói Trancado”. Co-autor de “Sangue de Bairro”, famosa na gravação de Chico Science e Nação Zumbi. Parceiro também de Otto, Junio Barreto e Arnaldo Antunes – com quem compôs, “A Casa é Sua”, “Envelhecer” e “Meu Coração”, três das faixas de “Iê Iê, Iê”, mais recente álbum do ex Titã -, Ortinho esteve à frente do grupo Querosene Jacaré à época da explosão do mangue beat. Em carreira solo, aproximou sua veia roqueira às fontes da tradição, colorindo suas composições com côco, ciranda e forró, além de, lógico, maracatu e samba. Sem sequência à "Ilha do destino" (2002) e "Somos (2006), o novo álbum traz ainda canções românticas permeadas por tons da jovem guarda. No repertório do show, as novas músicas “Você Não Sabe da Missa um Terço”e “O Cara do Outro Lado”, entre outras. O pianista Vitor Araujo participa de “Modelo Vivo”, “Retrovisores” e “Sonhar de Novo”. Jorge Du Peixe canta com ele “Saudades do Mundo”.



  • Mundo Livre SA

Nos anos 90, o mangue fincaria uma parabólica na lama, transformando o Recife numa outra cidade, a “manguetown”. Fred Zero Quatro (voz, guitarra e cavaquinho), um dos catalisadores do mangue beat, escreveu então o que seria o primeiro manifesto do “movimento” e a partir daí, seu Mundo Livre SA seguiria amadurecendo a peculiar mistura de samba e punk-rock, já chamada de “Jorge Ben e Johnny Rotten no mesmo groove”.

Mundo Livre SA no Circo Voador
O quinteto – integrado também Junior Areia (baixo), Chef Tony (bateria), Bactéria Maresia (teclados e guitarra) e Tom Rocha (percussão), mostra no festival o repertório de seus sete trabalhos lançados, os CDs “Samba Esquema Noise” (1994), “Guentando a Ôia (1996)”, “Carnaval na obra” (1998), “Por Pouco” (2000) e “O Outro mundo de Manuela Rosário” (2004), o EP “Bebadogroove” vol. 1 (2005) e a coletânea “Combat Samba” (2008). Dois deles, “Samba Esquema Noise” e “Carnaval Na Obra”, estão incluídos na seleta lista de 100 melhores discos brasileiros de todos os tempos pela Revista Rolling Stone. Não é para qualquer um. É que as letras de Zero Quatro, relatando com rara poesia assuntos tão diversos como a globalização, as desventuras do Timor Leste ou as musas de bíquini branco, são citadas entre as melhores do pop nacional. E afinal, são mais de 20 anos desvendando os mistérios o samba.

  • Do Amor

Formada por alguns dos mais elogiados e requisitados novos músicos cariocas - Marcelo Callado (bateria e voz), Ricardo Dias Gomes (baixo e voz), os dois integrantes da banda Cê, de Caetano Veloso, Gustavo Benjão (guitarra e voz) e Gabriel Bubu (guitarra e voz) – o Do Amor acaba de lançar seu álbum de estreia, homônimo. Produzido pelo “mestre Jedi dos estúdios” Chico Neves, o CD passeia do carimbó ao rock de Manchester com a naturalidade de quem vai ali na esquina tomar um suco.




Saiba mais sobre o festival no site http://www.conexaope.com/ e você também pode acompanhar tudo pelo twitter

Serviço:
27 de novembro de 2010 no Teatro Rival
Hora: 0h
Ingresso: R$ 30



Joana Medina

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