Porém, para chegar até o Rei não é muito fácil. Chega a ser uma aventura. Já fiquei algumas vezes de plantão, pela Revista Caras, na porta de seu prédio na Urca no dia de seu aniversário. Eu e uma cabeçada de repórteres, fotógrafos e fãs, estes levando bolo e bolas coloridas. Todos nós esperando por umas palavras do aniversariante. E ele sempre desce até a portaria para falar com a imprensa e depois ainda sopra as velinhas no estacionamento do prédio com alguns fãs. Também estive em três momentos reais que não esqueço. Vamos a eles, coincidentemente todos no mês de junho:
Junho/1986 – Estreando em produção de discos, como coordenador das produções do Mestre Mílton Manhães, estava conversando com a sambista Jovelina Pérola Negra na técnica do Estúdio 1 da Som Livre, quando alguém passou pelo corredor. Era ele. Voltou e entrou. Como um súdito anônimo, Roberto Carlos segurou a mão da hoje saudosa partideira e disse que a admirava muito. De negra ela ficou sem cor e não acreditou no que estava acontecendo. Nem eu. E o pior: nem uma máquina fotográfica para registrar o encontro.
Junho/1986 – Estreando em produção de discos, como coordenador das produções do Mestre Mílton Manhães, estava conversando com a sambista Jovelina Pérola Negra na técnica do Estúdio 1 da Som Livre, quando alguém passou pelo corredor. Era ele. Voltou e entrou. Como um súdito anônimo, Roberto Carlos segurou a mão da hoje saudosa partideira e disse que a admirava muito. De negra ela ficou sem cor e não acreditou no que estava acontecendo. Nem eu. E o pior: nem uma máquina fotográfica para registrar o encontro.
Junho/1997 – Era o show de reinauguração do Teatro do Quitandinha, em Teresópolis e lá fui cobrir com o fotógrafo André Durão, para a Caras. E a noite tinha que render para aumentar o tamanho da matéria e do frila também, né? Tudo corria normal no show até que avisaram a Roberto que Emilinha Borba estava na platéia. “A Emilinha está aí? Ih, caramba, tenho que cantar direitinho!”, disse o Rei. Fim de show, ele entrou no ônibus e partiu. Enquanto isso, coloquei Emilinha e suas três amigas no carro da Caras e fomos atrás do ônibus. Detalhe: eu e Durão no colo das senhoras. Uma bagunça. Até que chegamos aos seguranças e eu disse, com a cara de pau que Papai do Céu me deu: “Para o ônibus que o Roberto quer falar com a Emilinha”. É claro que os seguranças pararam o ônibus e quando Roberto soube que a amiga estava ali, desceu, abraçou, beijou, fez a foto, bateu um papinho comigo e nós faturamos uma página. Que lindo, né?
Junho/1998 – Um show no Retiro dos Artistas, em Jacarepaguá, zona oeste do Rio. E eu ali, pela Revista Ana Maria, querendo falar com o Rei antes do show. Como sempre, eu e o povo todo da imprensa. E todos nós devidamente barrados. Até que uma luz acendeu no fim do túnel. Chegou uma equipe do Vídeo Show. E, como as portas sempre se abrem para a Rede Globo, eles foram entrando. Com a aquela velha cara de pau de sempre eu fui atrás, segurando a câmera do cinegrafista. Bem sério. A turma da imprensa olhava incrédula. Passei pelo portão dos barrados e fui em frente. A cena era tão impressionante que ninguém falou nada. Tudo ia bem até que na hora de entrar no camarim, a produtora da equipe perguntou o clássico “quem é você?”. Nem tive tempo de responder e fui conduzido para fora, com aplausos da galera. É, dessa vez só falei com Rei no fim do show.
Parabéns e obrigado por tantas canções inesquecíveis...
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Não é necessária a sua identificação para enviar comentários. No entanto, lembramos que, neste blog, é proibido o uso de termos pejorativos, ofensivos ou discriminatórios.
Seu comentário está sujeito à validação dos administradores.