segunda-feira, 12 de setembro de 2011

The Fevers: Uma prova de sucesso


Foi aqui do lado da Lapa, no Teatro Rival Petrobrás, na Cinelândia, que vi uma das provas do que é ser sucesso. E, muito embora ainda não exista a fórmula para alcançá-lo, não é novidade que um apurado repertório é uma das bases para arrastar multidões. Mesmo aos 46 anos de carreira, como é o caso do The Fevers. E os muitos cabelos prateados na platéia lotada mostravam isso. E, nessa platéia, os jovens mostravam que música boa é música boa, independente de sua idade. Ou seja, não existe música velha, antiga, mas a boa ou a ruim.

Sob a direção do experiente José Carlos Marinho, o show Vem Dançar é um prato cheio para quem gosta de sair bailando pelo salão e de namorar também. Em canções de amor, boas versões de música americana em sua maioria, o cantor Luis Cláudio, o guitarrista Rama, o baixista Liebert Ferreira, o tecladista Miguel Ângelo e o baterista Otávio Monteiro comandaram uma verdadeira festa na sexta, dia 2 e no sábado, dia 3 de setembro.

E o coral da galera nem reparava a roupa um pouquinho simples demais para um palco, assumindo o comando em sucessos como Agora eu Sei, Vem me Ajudar, Mar de Rosas, Se Você me Quiser, Nathalie e tantas outras de um repertório eletrizante, resultando em gritos de “Maravilhoso’, Suculento”. Aos poucos, todos vão se levantando e ensaiando os passos de uma alegria incontida. 


  E esses dois shows são apenas dois entre os cerca de 100 que os The Fevers fazem por todo o país e no exterior, por ano. É tão bom estar num show como esse, alegre, com ótimos músicos, ótimo repertório e uma platéia inteiramente contagiada por essa energia que adoraria saber o porque a classificação da censura é para menores de 16 anos. O que existe neste momento de cultura que leve um jovem para o caminho errado. Quem souber, por favor, me explique.

Deixando de lado esta pergunta sem resposta (até agora, né?) volto pro show no momento The Beatles, fonte de inspiração para muitos músicos, incluindo os The Fevers. E vem Imagina, Hei Jude. Foram, duas horas de uma baita farra. E parecia que não iria terminar. E vieram Guerra dos Sexos, Elas por Elas, Pra Cima Pra Baixo, além de dois sucessos regravados por eles no novo CD, É Preciso Saber Viver e Eu Nasci Há Dez Mil Anos Atrás.

Para fechar com chave de ouro, como retribuindo os aplausos, os gritos histéricos e todo o respeito do público, alcançado nestes quase 50 anos de uma carreira fortalecida em inúmeras horas de shows e bailes nos palcos e salões de todo o país, a famosa Marcas do que se Foi. E todos cantando, ainda em setembro: “este ano quero paz no meu coração/quem quiser ser meu amigo/que me dê a mão..."

Assim seja...

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