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O público carioca terá a oportunidade de conhecer de perto a nova música pernambucana entre 19 de fevereiro e 26 de março, quando o Centro Cultural Banco do Brasil do Rio de Janeiro (CCBB-RJ) apresentará o projeto Pernambuco Contemporâneo, idealizado e produzido pela Sambada Comunicação e Cultura. Todas as terças-feiras desse período um artista fará shows em dois horários no Teatro II, às 12h e às 19h.
Cada artista que se apresentará no projeto traz consigo um diferencial, uma peculiaridade, seu estilo, que vem de Pernambuco, mas que fala a língua universal da música contemporânea. Rua, grupo recifense formado por cinco instrumentistas-compositores curiosos em explorar e expandir possibilidades musicais, abrirá os trabalhos no dia 19/2, e depois será a vez de Hugo Linns, que apresenta o CD solo “Fita branca”, com melodias do Nordeste ao som da viola, em 26/2. O Pouca Chinfra, que apresenta a mistura dos elementos do samba tradicional com poesias e o ritmo contagiante, tocará em 5/3. Em seguida vem o Wassab, formado por músicos que fazem abordagens diferenciadas para a música instrumental, em 12/3. A Banda de Joseph Tourton, que traz a marca do improviso e da vontade de criar experimentações em cima de cada um dos instrumentos que utilizam, se apresentará em 19/3, e para encerrar a Bande Dessinée, cujo trabalho é de músicas autorais em português, italiano e francês, criadas em parcerias com outros artistas contemporâneos, além de clássicos da música europeia, se exibirá no dia 26/3.
Pernambuco é um estado que possui uma produção musical significativa, com uma média de 150 álbuns lançados por ano. O principal objetivo do projeto é apresentar um panorama desta extensa produção, com shows desses seis representantes da nova música local.
"Pernambuco Contemporâneo é um projeto que marca esta importante produção musical que ecoa agora para o Rio de Janeiro, no CCBB. Esperamos que o público aproveite esta oportunidade de conhecer um pouco da história musical recente e rica em estilos e performances", diz o produtor Pedro Rampazzo. Os grupos que participam do Pernambuco Contemporâneo lançaram álbuns nos dois últimos anos e trazem em sua música diferentes influências que vão da música popular tradicional ao rock.
Os artistas participantes:
Rua
(19/2, às 12h e às 19h)
Classificar o som da banda recifense Rua talvez crie uma expectativa pouco provável de ser correspondida. A música do grupo é resultado de diversas influências de cinco instrumentistas-compositores curiosos em explorar e expandir possibilidades musicais. Em 2011, a banda lançou, em show no Teatro Arraial, o seu primeiro álbum, “Do Absurdo”. O CD resume bem esse emaranhado, passeando por atmosferas tão diversas quanto o samba, o free jazz e o trip hop.
O trabalho foi apresentado no Coquetel Molotov 2011 e uma das faixas foi inserida na coletânea Música da Massa! New Sounds of Pernambuco. Além dos palcos, a Rua procura ampliar seu campo de atuação, compartilhando linguagens variadas.
A relação com a composição de trilhas é uma das vertentes exploradas pela banda. A Rua desenvolveu trilhas em parceria com as companhias de dança DAM (Corposição); Cia Etc. (Dark Room e Bokeh - videodança premiado na no 12° Festival de Vídeo de Pernambuco); Coletivo Lugar-Comum (Topografias do Feminino) e com o coletivo de videastas “Fabrica-si” (Puck, o Palhaço Badtrip).
Formação: Caio Lima (voz), Bruno Giorgi (guitarra), Hugo Medeiros (bateria), Yuri Pimentel (baixo e teclado), Nelson Brederode (bandolim e cavaquinho).
Hugo Linns
(26/2, às 12h e às 19h)
Compositor, arranjador e instrumentista, Hugo Linns estudou violão e contrabaixo no Conservatório Pernambucano de Música e cursou licenciatura em Música, na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Tocou e gravou em várias partes do mundo, ao lado de Renata Rosa, Geraldo Maia, Alessandra Leão, Luiz Paixão, Maciel Salú, entre outros. Em 2010, lançou seu CD solo “Fita branca”, que exalta as melodias do Nordeste ao som da viola. O disco é uma mistura da cultura popular, influência musical que Hugo Linns traz para a sua música de viola.
Formação: Hugo Linns (violas dinâmicas); Eduardo Buarque (viola de dez cordas e violão tenor); Rogério Victor (baixo acústico) e Carlos Amarelo (percussão).
Pouca Chinfra
(5/3, às 12h e às 19h)
Onze amigos e diversas influências musicais deu em samba. O Pouca Chinfra, grupo criado em 2005, tem seu foco no trabalho autoral de seus integrantes, que misturam elementos do samba tradicional com poesias atuais e o ritmo contagiante. O grupo já dividiu palco com grandes nomes do gênero como Beth Carvalho, Jorge Aragão, Dudu Nobre, Leci Brandão, Neguinho da Beija Flor e Casuarina. Em 2007, eles lançaram um EP com quatro músicas autorais e, em 2011, o primeiro CD com o nome do grupo, essencialmente autoral. O Pouca Chinfra tocou no Festival Rec-Beat e em diversos palcos da região Metropolitana do Recife e interior de Pernambuco.
Formação: Demóstenes Macaco (cavaquinho e voz); Fabrício Coelho (violão e voz); Vinícius Sarmento (violão de sete cordas); Daniel Coimbra (cavaco); Lucas Temporal (percussão e voz); Deco (pandeiro, rebolo e voz); Ernesto Júnior (percussão e voz); Filipino (surdo e voz); Lima (cuíca) e Lucas Araújo (bateria).
Wassab
(12/3, às 12h e às 19h)
Criado em 2009, é formado por músicos que buscam novas formas de abordagem para a música instrumental. Juntos, ou separadamente, vêm trabalhando com artistas como Naná Vasconcelos, Mundo Livre S/A, Orquestra Contemporânea de Olinda etc. O Wassab se diferencia pela ampla utilização de pedais de efeitos no baixo e na guitarra e pela combinação de timbres utilizados na “percuteria”. O CD homônimo foi lançado em 2011 e o grupo já apresentou sua música em vários eventos: Porto Musical; Festival de Inverno de Garanhuns (PE), Festival no Ar Coquetel Molotov etc.
Formação: Hugo Linns (viola e baixo); Gilú (percussão e bateria) e Juliano Holanda (violão e guitarra).
A Banda De Joseph Tourton
(19/3, às 12h e às 19h)
Também trafegando pelo som instrumental, o grupo não se apega a ritmos pré-definidos. Seus integrantes fazem uso do improviso e da vontade de criar experimentações em cima de cada um dos instrumentos que utilizam. O grupo lançou o primeiro CD homônimo em 2010. Já tocaram em diversos festivais: no Ar Coquetel Molotov (Recife-2008 e Salvador-2010); Rec-Beat (Recife-2010); Pompéia.Beat (São Paulo, 2010); Turnê Fora do Eixo com shows em 30 cidades (2010). As influências musicais da banda são Dub Incorporation, Nação Zumbi, Radiohead e Hurtmold.
Formação: Gabriel Izidoro (guitarra e flauta), Diogo Guedes (guitarra e efeitos), Rafael Gadelha (baixo) e Pedro Bandeira (bateria).
Bande Dessinée
(26/3, às 12h e às 19h)
Com uma proposta dançante e um som cheio de balanço, a Bande Dessinée surgiu em 2007, inspirada na música francesa dos anos 1960 e 1970. Em 2011, lançaram “Sinée Qua Non”, o primeiro CD. No repertório, músicas autorais em português, italiano e francês, criadas em parcerias com outros artistas contemporâneos, além de clássicos da música europeia. O grupo já tocou nos festivais Rec-Beat; Mada e Abril Pro Rock. Em 2009, realizou duas turnês pelo Sudeste, tocando em casas de Rio de Janeiro e São Paulo.
Formação: Tatiana Monteiro (voz); Thiago Suruagy (bateria); Miguel Mendes (baixo); Marcio Oliveira (trompete); Filipe Barros (guitarra e voz) e Ed Staudinger (teclado).
Serviço:
Pernambuco Contemporâneo
Datas: todas as terças-feiras, de 19 de fevereiro a 26 de março - 19/2, Rua; 26/12, Hugo Linns; 5/3, Pouca Chinfra; 12/3, Wassab; 19/3, A Banda de Joseph Tourton, e 26/3, Bande Dessinée
Horários: às 12h e 19h
Local: CCBB Rio de Janeiro - Teatro II
Rua 1º de Março, 66 – tel: (21) 3808-2007 – Centro
Ingressos: R$ 6,00 - meia-entrada a R$ 3,00 - para estudantes e pessoas com mais de 60 anos
Capacidade: 155 lugares
Classificação indicativa: livre
Acesso para deficientes
Horário de funcionamento do CCBB: de terça a domingo, das 9h às 21h
Informações ao público: (21) 3808-2007
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