Depois de realizar debates e reflexões sobre a diversidade cultural do povo brasileiro, busca da verdadeira identidade da cultura popular brasileira e dialogar entre as diferentes culturas e povos da América Latina, a atual edição da bienal irá tratar do tema “África-Brasil: Um rio chamado Atlântico”. Com isso, a proposta é de se discutir sobre as relações históricas entre os povos da África e do Brasil e as implicações africanas na formação de nosso povo e de nossa cultura. A escolha do tema foi feita com base na obra do diplomata e historiador Aberto Costa e Silva, responsável pelo livro “Um Rio chamado Atlântico”.
O evento que durante esses cinco anos rodou por Salvador, Recife e São Paulo, volta ao Rio e terá como principal circuito a área histórica da Lapa e do Rio antigo. A região, que é conhecida pelo seu grande aspecto cultural abrigará os principais estabelecimentos para a realização da Bienal. São eles o Circo Voador, a Fundição Progresso, “Corredor Cultural da Lapa”, Biblioteca Nacional , Cine Odeon e a Escola de Música da UFRJ, entre outras.
A Fundição Progresso servirá como principal pavilhão da Bienal onde abrigará o centro de informações, a secretaria e a maioria de oficinas e debates, além de grande parte da “Mostra Universitária”. No Circo Voador serão apresentados os trabalhos de música e os principais shows; alguns debates e trabalhos sobre literatura serão realizados na Biblioteca Nacional, e toda a parte de audiovisual terá como centro o Cine Odeon. Porém, não se pode esquecer de outros centros culturais espalhados pela cidade que estarão fazendo parte desta festa. O “Lado C” é um projeto incluído no evento que apresenta aos estudantes os trabalhos feitos pelos grupos culturais e assim realiza entre eles um intercâmbio. Os grupos Tá Na Rua, Teatro do Oprimido, Casa Brasil-Nigéria, Nós do Morro e o Museu da Maré são alguns dos movimentos culturais presentes que fazem este tipo de trabalho.
A 5º Bienal de Cultura, Ciência e Artes da UNE nem começou e já bate recordes, com 1304 trabalhos inscritos é a edição com maior número de atividades, e que espera por aproximadamente 15 mil jovens de todas as regiões do país. Além disso, os debates, shows e palestras estarão recheados de personalidades ilustres da área cultural. Dentre as presenças já estão confirmadas as do percussionista Naná Vasconcellos, dos cantores Milton Nascimento e Martinho da Vila, e do escritor angolano Ondjanki.
Por isso, a partir do fim de janeiro, vale a pena conferir o melhor das produções artísticas feitas pelos estudantes de todo o país no intercâmbio cultural Brasil-África que estará, mais do que nunca, presente no pólo histórico da Lapa e do Rio Antigo.
Maiores informações sobre a Bienal acesse: www.une.org.br/bienal/.
Caio Nolasco
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