Alcione – 40 Anos de uma Trajetória e Sucessos e Puro Talento – PARTE I
"Dirigindo a Marrom na gravação do DVD da Velha-Guarda da Mangueira" |
Uma das maiores vozes na nossa música, em especial do samba, Alcione está comemorando
40 anos de uma carreira recheada de sucessos, prêmios, medalhas, discos de ouro, platina,
platina duplo e inúmeras emoções em palcos por todos os continentes. Poderia escrever sobre
alguns desses momentos de glória, mas preferi a intimidade desta maranhense nascida em São
Luis para esta homenagem numa data tão importante. Então, como se voltássemos num túnel
do tempo, vamos lembrar de passagens curiosas, algumas, antes mesmo do início destes 40
anos de estrada musical:
Professora Primária – Foi professora primária no Maranhão por dois anos. E as crianças
ficavam quietinhas com a promessa de cantar no final da aula. Até que pediram para que
levasse o trompete. “Aí, não prestou. Mandei aquele solo e o diretor me demitiu”.
A cantora – Tudo começou na noite em que substituiu o crooner da orquestra de seu pai, João
Carlos. “Vi que era ali ou nunca. Soltei a voz e quem estava dançando parou para me aplaudir.
Virou show. Tinha 17 anos e ataquei de Pombinha Branca, sucesso de Ângela Maria”.
Sonhos de mãe – Mas esses não eram os planos de Dona Philipa, sua mãe. “Ela queria que eu
estudasse acordeão, aprendesse prendas domésticas e me casasse com um oficial do exército
para garantir o futuro. Mal sabia ela que já estava com vontade de soltar meus gorjeios por
esse Brasil afora”.
Sufoco / Gostoso Veneno / Rio Antigo / Nem Morta / Garoto Maroto
Preferências – Ela adora arroz de cuxá com peixe escabeche ou torta de camarão, tudo feito
por ela mesma (aliás, já provei e é uma loucura de gostoso). Gosta da cor lilás, do perfume
Paloma Picasso e do refrigerante cor de rosa Jesus, que só tem no Maranhão.
Primeiro contrato – Foi em 1969 na TV Excelsior, após vencer um concurso de calouros. No
júri, entre outros, estavam Clara Nunes e Herivelto Martins.
Primeiro emprego no Rio – Foi como balconista na loja Império Discos, na Rua Marechal
Floriano, quando ainda morava com sua tia Maria José, já falecida, em Parada de Lucas.
A instrumentista – Aos 10 anos já tocava piston. Também toca saxofone e clarinete.
Estranha Loucura / A Loba / Qualquer Dia Desses / O Surdo / O Que Eu Faço Amanhã
Em 1984 perguntei a ela o que achava da Alcione e ela me deu uma resposta que bem serve
para os dias de hoje: “Modéstia a parte acho maravilhosa, apesar de seu forte temperamento,
meio índio. Mas ela pode dormir tranqüila porque pra chegar aonde está não precisou pisar
em ninguém. Ela não faz o bem para fazer média com Deus e seu saldo médio lá em cima não
está tão ruim assim. Porém, ela também não é um anjo”.
Bem, os nomes de música espalhados por este textos são bem conhecidos, né mesmo? São
alguns dos muitos sucessos que a Marrom, apelido que ganhou dos amigos Ludugero e Otropi,
vem cantando por esse Brasil afora. Até.
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