Pela primeira vez uma peça de Nelson Rodrigues será adaptada para o teatro de animação. “Valsa nº 6”, monólogo escrito em 1951, apresenta uma jovem assassinada aos quinze anos que tenta se lembrar do que aconteceu. As imagens chegam aos pedaços e ela vai reconstituindo o passado, ainda recente.
No ano em que se comemora o centenário de nascimento de Nelson Rodrigues, a Companhia Teatro Portátil transpõe para o palco da animação a poética de “Valsa nº 6”. Afinal, o autor destacou-se não apenas pelo conteúdo de suas peças, mas especialmente pela forma de narrar suas histórias.
“Nelson foi um inventor de linguagem e merece ser tratado como tal”, afirma Alexandre Boccanera. A proposta de encenação da companhia utiliza recursos da linguagem de animação para valorizar a essência poética do texto, já que “a peça tem o formato de um poema dramático”, conclui o diretor.
“Nelson foi um inventor de linguagem e merece ser tratado como tal”, afirma Alexandre Boccanera. A proposta de encenação da companhia utiliza recursos da linguagem de animação para valorizar a essência poética do texto, já que “a peça tem o formato de um poema dramático”, conclui o diretor.
Em cena Flávia Reis, Julia Schaeffer e Guilherme Miranda, que também assina a direção musical, manipulam a protagonista do espetáculo: a boneca Sônia. Sem descaracterizar o monólogo, que é levado ao palco na íntegra, a boneca contracena com seus manipuladores para dar vida ao universo poético da peça. Um piano fragmentado e projeções de desenhos animados compõem o cenário de memórias da personagem que busca remontar a sua história.
A ideia de encenar um texto de Nelson Rodrigues com animação partiu da Flávia Reis. Nos espetáculos anteriores a Companhia Teatro Portátil, que desenvolve uma pesquisa sobre a linguagem da animação, criou o próprio roteiro de encenação. “Desta vez eu queria trabalhar partindo de uma boa dramaturgia”, explica Flávia.
A atriz destaca que a temática da peça foi primordial para a escolha. “A peça questiona nossa existência. Colocar uma boneca - um objeto inanimado - em cena, cheio de vida, indagando ao espectador sobre o que é estar vivo, representa para mim uma metáfora dessa questão”.
No palco, além da boneca, estão as memórias de Sônia, projetadas em filmes de animação. A proposta é trabalhar com diferentes dimensões narrativas e metafóricas, reais e fictícias, presentes na peça. “É uma experiência estética muito especial”, define Flávia.
Sobre a Companhia Teatro Portátil:
Há sete anos sediada na cidade do Rio de Janeiro, a companhia Teatro Portátil desenvolve uma pesquisa continuada sobre a linguagem do teatro de animação. Com o material dessa pesquisa, criou os espetáculos “2 Números” e “As Coisas” e apresentou-se em diversas cidades no Brasil e no exterior.
A primeira montagem, “2 Números”, teve apoio do Programa de Bolsas Vitae de Artes, estreou em 2005 e participou de diversos festivais de animação nacionais e internacionais, com destaque para apresentações em Cabo Verde e na Espanha.
Esteve em cartaz no Teatro de Arena da Caixa Cultural do Rio de Janeiro em 2008, no SESC Avenida Paulista em 2009 e no Teatro da Caixa Cultural de Curitiba em 2010. “As Coisas”, produzido com patrocínio do Banco do Brasil, estreou em abril de 2010 e esteve em cartaz no Centro Cultural Banco do Brasil de Brasília e no Centro Cultural Banco do Brasil do Rio de Janeiro.
Em 2011 o espetáculo integrou a programação do 5° FITA Floripa – Festival Internacional de Teatro de Animação de Florianópolis/SC.
A primeira montagem, “2 Números”, teve apoio do Programa de Bolsas Vitae de Artes, estreou em 2005 e participou de diversos festivais de animação nacionais e internacionais, com destaque para apresentações em Cabo Verde e na Espanha.
Esteve em cartaz no Teatro de Arena da Caixa Cultural do Rio de Janeiro em 2008, no SESC Avenida Paulista em 2009 e no Teatro da Caixa Cultural de Curitiba em 2010. “As Coisas”, produzido com patrocínio do Banco do Brasil, estreou em abril de 2010 e esteve em cartaz no Centro Cultural Banco do Brasil de Brasília e no Centro Cultural Banco do Brasil do Rio de Janeiro.
Em 2011 o espetáculo integrou a programação do 5° FITA Floripa – Festival Internacional de Teatro de Animação de Florianópolis/SC.
Sobre Alexandre Boccanera:
Formado em direção teatral na Universidade do Rio de Janeiro, em dança contemporânea na Escola Angel Vianna e na London Contemporary Dance School. Foi bolsista do Programa de Bolsas Vitae de Artes.
Trabalhou com importantes diretores do teatro brasileiro como Luis Antônio Martinez Correa, Bia Lessa, Moacir Chaves e João Falcão. É fundador e diretor da companhia Teatro Portátil, dirigiu os espetáculos “2 Números”, “As Coisas” e “Valsa Nº 6”.
Formado em direção teatral na Universidade do Rio de Janeiro, em dança contemporânea na Escola Angel Vianna e na London Contemporary Dance School. Foi bolsista do Programa de Bolsas Vitae de Artes.
Trabalhou com importantes diretores do teatro brasileiro como Luis Antônio Martinez Correa, Bia Lessa, Moacir Chaves e João Falcão. É fundador e diretor da companhia Teatro Portátil, dirigiu os espetáculos “2 Números”, “As Coisas” e “Valsa Nº 6”.
Ficha Técnica:
Texto: Nelson Rodrigues
Direção: Alexandre Boccanera
Elenco – Flávia Reis, Julia Schaeffer e Guilherme Miranda
Desenho Animado – Estúdio Donguri (Beatriz Carvalho e Diogo Nii Cavalcanti)
Trilha Sonora– Guilherme Miranda
Cenário – Suiá Burger Ferlauto
Figurino – Antônio Guedes
Boneca – Raimundo Bento
Iluminação – Aurélio de Simoni
Maquiagem – Mona Magalhães
Preparação corporal – Joana Ribeiro e Marito Olsson-Forsberg
Produção – Boccanera Produções Artísticas
Realização – Teatro Portátil
SERVIÇO:
Valsa n°6
Estreia 13 de setembro de 2012, às 19h30.
Até 21 de outubro de 2012.
Estreia 13 de setembro de 2012, às 19h30.
Até 21 de outubro de 2012.
De quarta a domingo, às 19h30.
Local: Centro Cultural Banco do Brasil - Teatro I
Endereço: R. Primeiro de Março 66, Centro.
Ingressos: R$6 (inteira) e R$ 3 (meia)
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