Mostra Panacéia Instrumental

    

    Não vai sobrar pedra sobre pedra no Parque das Ruínas, no dia de Zumbi. No próximo dia 20 de novembro, o centro cultural de Santa Teresa receberá a Mostra Panacéia Instrumental, de 14h às 20h, com apresentações de cinco grupos musicais de primeira linha:

• Inventos

•  Afluentes

• Duo Dani Spielman e Deborah Levy

• Pedra Lispe 

• Itiberê Zwarg & Grupo

    O Centro Cultural Parque das Ruínas foi a casa de Laurinda Santos Lobo, a Marechala da Elegância ou Diva dos Salões, mecenas da Belle Époque carioca que recebia constantemente intelectuais e artistas no início do século XX. O local que respira arte desde suas origens é hoje um projeto premiado do arquiteto Ernani Freire.

    Os grupos que participam da Mostra Panacéia Instrumental foram beneficiados com o Fundo de Apoio à Música (FAM) da Prefeitura do Rio de Janeiro. A produção dos espetáculos é da Maracujá Cultural.

Sobre os Grupos:

Inventos

    Inventos é um grupo de  câmara formado por seis músicos, compositores, arranjadores e multi-instrumentistas que tocam juntos há mais de sete anos. Caracterizados como um criativo sexteto de sopro que respira a contemporaneidade, o Inventos realiza seu processo de criação através de experimentações e variação de instrumentos, com composições que dialogam com diferentes gêneros musicais de forma singular.  O repertório  é constituído principalmente de músicas e arranjos dos próprios integrantes, contando também com composições de Hermeto Pascoal e de um arranjo de Egberto Gismonti feitos especialmente para o grupo.

Integrantes:

Joana Queiroz – Clarinete, Clarone e Sax tenor
Jonas Corrêa – Trombone, Trombone baixo
Pedro Paulo Junior – Trompete, Flugelhorn, Trompa (Bb)
Thiago Queiroz – Sax barítono
Vitor Gonçalves – Sax alto, Sax soprano, Acordeom
Yuri Villar – Sax tenor e Sax soprano, flauta

Afluentes:

    O grupo Afluentes é formado por músicos pesquisadores que além de possuírem arcabouço acadêmico, estão em constante atividade no cenário musical brasileiro. A instrumentação do grupo é tipicamente brasileira, mas proporciona aos ouvintes uma viagem temporal e geográfica pelo mundo da música. O grupo interpreta músicas de diferentes épocas e regiões do planeta: Vivaldi e Ernesto Nazareth se somam em um único número; o italiano contemporâneo Carlo Domeniconi prepara o clássico turco-otomano Mesud Cemil Bey; a riqueza rítmica do choro brasileiro é mesclada a valsas e merengues venezuelanos.

Integrantes:

Felipe Ábido - Violão de 7 cordas
Rudá Brauns - Bandolim
Alexandre Bittencourt - Flauta e Clarinete
Bernardo Aguiar - Percussão

Duo Dani Spielman e Deborah Levy

    Dani Spielmann e Deborah Levy são amigas de longa data e pertencem à mesma geração de musicistas que arregaçaram as mangas, colocaram seus instrumentos embaixo do braço e foram em busca de se inserir dentro de um mercado predominantemente masculino, o mercado profissional da música popular do início da década de 90. Depois de 20 anos cada uma seguindo a sua estrada, se reencontraram em 2010, quando, por pura afinidade e diversão, resolveram formar um duo, já com o objetivo de trabalhar a dobradinha compositor brasileiro/norte-americano. A vontade de aprofundar na obra do maestro Tom Jobim foi o ponto inicial dessa escolha, a qual motivou a busca do outro compositor por suas influências, e chegou-se a Cole Porter. O olhar dual sobre a bossa nova e o jazz propõe um mergulho no universo da canção, onde a força de uma duplicidade que se complementa é ressaltada em vários focos.

Integrantes:

Dani Spielman - Saxes e Flauta
Deborah Levy - Piano e Teclados

Pedra Lispe 

    O grupo Pedra Lispe, que existe desde 2007, é um grupo musical cujas referências passeiam pelo imaginário popular brasileiro e pela música instrumental contemporânea. A proposta é levar ao público um repertório no qual elementos associados às tradições populares e outros ligados à música de concerto coexistam e se somem. Composições feitas especialmente para o Pedra Lispe são executadas ao lado de adaptações e arranjos de peças de Villa-Lobos, Guerra Peixe, Antonio José Madureira e Capiba, para citar apenas alguns dentre vários compositores consagrados cuja produção musical faz refletir a respeito dos limites entre a música popular e erudita. A instrumentação expressa com bastante clareza a proposta: aos instrumentos de percussão, incorporados de diversas tradições brasileiras, vêm se juntar o violoncelo e a flauta. Fechando a formação, um trio de cordas composta por bandolim, pela viola de 10 cordas e o violão.

Integrantes:

Alexandre Bittencourt – Flauta e Clarinete
Rudá Brauns – Bandolim
Bruno Reis - Viola Caipira
Pedro Messina - Violão de 7 Cordas
Maria Clara Valle - Violoncelo
Thiago Kobe - Percussão 

Itiberê Zwarg & Grupo

    Universalidade temática, criatividade na concepção dos arranjos e muito espaço para improvisos verdadeiramente criados no momento em que são tocados são as características fundamentais das apresentações do Itiberê Zwarg & Grupo. A formação atual possui menos integrantes do que a Itiberê Orquestra Família, que lhe deu origem, hoje são oito integrantes. Porém a movimentação é maior, já que todos tocam mais de dois instrumentos, se deslocando frequentemente no palco. A formação com oito integrantes é consequência natural da evolução artística do grupo, buscando a coesão sonora, o aprimoramento técnico e o jogo de cena. O repertório, que é formado pelas composições do novo CD, “Identidade”, lançado em junho, é apresentado em formações camerísticas e com o grupo completo.

Integrantes:
Itiberê Zwarg – Baixo e Piano
Ricardo Sá Reston - Baixo, Teclados e Sanfona
Ajunirã Zwarg - Bateria, Percussão, Sax Soprano
Carol Panesi - Piano, Violino e Trompete
Carol D’Avila - Sax, Flauta e Voz
Karina Neves – Flautas
Mariana Zwarg - Sax Tenor e Flauta
Cacá Guifer - Sax Tenor e Flauta

Serviço:

Mostra Panacéia Instrumental
Local: Parque das Ruínas.
Endereço: Rua Murtinho Nobre, 169 – Santa Teresa – Rio de Janeiro.
Telefone: (21) 2215-0621.
Data: 20 de novembro (terça-feira – feriado).
Horário: 14h às 20h.
Entrada franca.