domingo, 25 de janeiro de 2009

ChoroFunk

Chico César é o convidado de Sergio Krakowski e DJ Sany Pitbull nesta sexta, 30, no baile ChoroFunk.


Nesta sexta, dia 30, Chico César vai fechar a série de bailes ChoroFunk. Morador de São Paulo, o cantor e compositor paraibano já está em solo carioca para mostrar as músicas de seu novo disco – ´Francisco Forró e Frevo´, ainda não lançado oficialmente na cidade - ao pandeiro de Sergio Krakowski e às carrapetas do DJ Sany Pitbull no Clube dos Democráticos.

A partir da estética do funk carioca, Krakowski e Pitbull vem misturando (e transformando) o funk, o choro, o samba, a bossa nova e o côco, numa linguagem contemporânea de expressão musical.

"O ponto de convergência dos nossos convidados – Carlos Malta, Pedro Luís, Moyseis Marques e Chico César - se dá pela origem comum de todos os estilos musicais brasileiros: o candomblé", diz o pandeirista, que, incentivado pelo absoluto sucesso de público, já pensa em dar continuidade aos bailes.

Além de pandeirista, Sergio é matemático e há quatro anos desenvolve uma pesquisa de doutorado em computação musical. Ele quebra a cabeça para criar maneiras interativas de dialogar com o computador em tempo real através de estímulos rítmicos provocados pelo pandeiro. Falando assim, parece coisa de cinema, mas você se surpreende em como o músico domina os recursos ao vivo.

A idéia central é captar o som do instrumento e analisá-lo ritmicamente por meio de algorítmos que Sergio cria e implementa. Esses algorítmos, por sua vez, fazem com que a máquina responda de forma ´inteligente´ – gerando uma espécie de interação pioneira, que não fica restrita apenas ao som, mas inclui uma série de imagens.

O grande barato é conferir tudo isso ao vivo, mas você também pode ver como esta tecnologia funciona em vídeos que o rapaz disponibiliza no site



O funk entra na dança

"O que me chamou a atenção foi o caráter percussivo do funk carioca, tanto nas gravações quanto nas performances ao vivo, feitas por DJs que usam a bateria MPC quase com um instrumento de percussão. O estudo partiu do tamborzão do funk", explica Sergio.

Antes de propôr ao Tira Poeira (do qual é pandeirista desde 2002, quando o quinteto foi fundado) de combinar os estilos musicais, Sergio buscou DJs especializados na linguagem funkeira. Encontrou o que procurava numa noite de sexta-feira, no Baile do Cantagalo, em Copacabana, no som que saía da pick-up de Sany. Sobre o DJ, escreveu o sociólogo Hermano Vianna, criador do site Overmundo: "Um tiroteio sonoro como o funk carioca nunca ouviu. É mesmo algo totalmente novo no gênero, que amadureceu esse tempo todo na cabeça e no sampler do DJ Sany Pitbull". Ouça!

 
Por Monica Ramalho

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