quinta-feira, 14 de abril de 2011

Guerra e Paz

A partir do próximo sábado, dia 16, a programação inspirada em "Guerra e Paz", do Studio Stanislavski, estará em cartaz com as 5 montagens do projeto que comemora os 20 anos da Cia.
Em cena, estarão algumas peças que já estavam em cartaz, uma reestreia e duas estreias.

Ninguém leu Guerra e Paz | Foto: Rodrigo Castro
Adaptar para o teatro um clássico literário faz parte da trajetória do Studio Stanislavski. No entanto, para a comemoração dos 20 anos da companhia, a diretora Celina Sodré idealizou um projeto desafiador: cinco pequenas montagens inspiradas no romance “Guerra e Paz”, de Leon Tolstoi. 


A partir de 16 de abril, as cinco peças estarão em cartaz no Instituto do Ator, na Lapa, apresentando diversas leituras de uma das obras mais volumosas da literatura universal. Entre as montagens, estão duas estreias: no domingo, dia 17, Fabio Porchat estreia a direção de “Ninguém Leu Guerra e Paz” e na sexta, dia 22, Dinah Cesare dirige“Corredor Polonês”.

A programação começa no sábado, dia 16 de abril com “Os Casamentos Se Decidem nos Céus”, de Henrique Gusmão e aos domingos, “Ninguém leu Guerra e Paz”, de Fábio Porchat. Na terça, “Moscou é uma jaula”, que tem direção de Celina Sodré, e estreou em janeiro; na quarta, “O Vazio das Molduras e dos Espelhos”, dirigida pela italiana Silvia Pasello; na sexta (dia 22) “Corredor Polonês”, de Dinah Cesare.

Publicada originalmente entre 1865 e 1869, “Guerra e Paz” narra a história da Rússia com diversos detalhes psicológicos da sociedade na época das guerras napoleônicas.

O projeto foi contemplado pelo FATE – Fundo de Apoio ao Teatro, da Secretaria Municipal de Cultura, e ficará em cartaz até o dia 3 julho. No elenco das montagens estão os atores do Studio Sanislavski, entre eles, travestis e transexuais que participam do projeto Damas em Cena, idealizado por Celina e desenvolvido noInstituto do Ator desde 2008. 


Programação




Durante algum tempo, Napoleão Bonaparte sonhou com a tomada de Moscou. No entanto, no dia 14 de setembro de 1812, o que seria um grande triunfo transformou-se na maior frustração do Imperador da França, pois, ao invadir a cidade, encontrou-a abandonada e em chamas. Presente no romance “Guerra e Paz”, de Leon Tolstoi, este é ponto de partida do monólogo “Moscou é uma jaula”, (o título faz uma menção à fala célebre de Hamlet: “A Dinamarca é uma prisão”). Com direção de Celina Sodré e atuação de Marcus Fritsch.

  • O Vazio das Molduras e dos Espelhos | 4ªs feira | 20hs
Quando uma pessoa se encontra diante do vazio – seja um conceito, uma experiência, uma falta concreta ou uma condição, tem a vontade de preencher o buraco. Em “Guerra e Paz”, a aristocracia vive o vazio como condição e tenta compensar esta falta, cada um de sua maneira. O amor, a guerra, a espiritualidade e a religião são atividades incessantes para os protagonistas de “O Vazio da Moldura e dos Espelhos”. Direção de Silvia Pasello e atuação de Dandara Vital, Carlos Tonelli, Carol Caju e Juan Carlos. 

  • Corredor Polonês | 6ªs feira (estréia: dia 22) | 20hs
Corredor Polonês”, como forma de punição, surgiu na época do Tratado de Versalhes, quando a Polônia adquiriu uma estreita faixa de terra que dava acesso ao Mar Báltico, que lhe foi tomada pela Alemanha e colaborou para a eclosão da Segunda Guerra Mundial. A expressão foi escolhida como título para a montagem de Dinah Cesare. No elenco, Carolina Caju, Kettlen Cajueiro e Sérgio Kauffmann.

  • Os Casamentos se Decidem nos Céus | Sábados | 20hs
No segundo volume de “Guerra e Paz”, Leon Tolstoi trata do surgimento do amor entre os personagens André e Natacha. A partir de uma profunda imersão no tema, o autor cria situações, conversas, tensões, pensamentos e reflexões com grande capacidade sugestiva e força literária. “Os Casamentos se Decidem nos Céus” é inspirado em fragmentos desta história e tem direção de Henrique Gusmão. Em cena estão Davi de Carvalho, Joana dos Santos e Tuini Bitencourt.

  • Ninguém leu Guerra e Paz | Domingos (estréia: dia 17) | 18hs
Quem leu “Guerra e Paz”? A partir dessa pergunta, Fabio Porchat dirige a comédia “Ninguém leu Guerra e Paz”, que busca desmistificar o clássico e desconstruir a “profundidade” do livro. Evelin Reginaldo, Marcus Fritsch, Mell Ágatha, Raphael Andrade e Sheyla Sant'anna ‘explicam’ a obra para a plateia: a história, seus personagens e especialmente o contexto histórico. 



Serviço

Onde? Instituto do Ator | Rua da Lapa 161, Lapa – RJ (entrada pela Rua Joaquim Silva)
Informações: (21) 2224-8878
Capacidade: 16 lugares
Classificação etária: 14 anos
Duraçã
o: 30 minutos
Ingresso: R$ 20 (inteira) | R$ 10 (meia) || Pagamento somente em dinheiro e cheque



O Studio Stanislavski
O Studio Stanislavski, idealizado e dirigido por Celina Sodré, é um centro de pesquisa e formação teatral que vem desenvolvendo, há 20 anos, um trabalho de investigação centrado na arte do ator e que tem como mestres Constantin Stanislavski e Jerzy Grotowski, com quem Sodré estudou no final dos anos 80. Essa pesquisa gerou a criação e produção de mais de 30 espetáculos apresentados em temporadas e festivais no Brasil e na Europa. 

Em 1992, Celina foi indicada para o prêmio Shell na categoria especial, pela criação do Projeto Mizanceni, tendo sido indicada para o mesmo prêmio, em 1995, pela continuidade da pesquisa. Em 1996, São Hamlet foi indicado como melhor espetáculo e melhor cenografia (José Dias) para o Prêmio Cultura Inglesa. No ano seguinte, Luisa Pasello foi indicada para o prêmio UBU, na Itália, de melhor atriz pela atuação em Killing Maria. Ainda em 1997, o espetáculo Amor Consciente foi indicado para duas premiações: Cultura Inglesa, de melhor atriz para Beth Goulart e Shell, de iluminação, para Mauricio Cardoso. Celina também é professora de interpretação da CAL - Casa das Artes de Laranjeiras desde 1995. E atualmente é doutoranda da UNIRIO.

Desde 2008 o Studio Stanislavski tem a sua sede no Instituto do Ator - Instituto de Pesquisa da Arte do Ator, um espaço de apresentações de trabalhos, ensaios e estudos teóricos e práticos, sempre voltados para a arte do ator, seu aprimoramento e especialização. A coordenação é desenvolvida por um grupo de atores e diretores que formam o coletivo de sócios do IA.

O Studio Stanislavski é patrocinado pela Petrobras.

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