sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Bota Abaixo

O Bota Abaixo, espetáculo da Cia de Dança do Centro Cultural Carioca, faz apresentações especiais, sempre tentando mostrar, sempre com coreografias modernas, o surgimento da malandragem no Rio de Janeiro.

Saiba mais sobre a Cia de Dança do CCC

História do Bota Abaixo

O espetáculo de dança BOTA ABAIXO contextualiza o aparecimento da cultura de massa do Rio de Janeiro no início do século, reprimida pelas classes dominantes e posteriormente adotada como identidade nacional.

O espetáculo faz uma crônica sobre o nascimento de um novo comportamento do carioca. Momento fundamental da história do Rio de Janeiro, Pereira Passos empreendeu uma grandiosa reforma urbanística no Rio de Janeiro (1903-1906). De um lado, tornou o Rio um centro cosmopolita, saneado, com avenidas largas e uma noite cintilante. De outro, reprimiu com violência as manifestações das classes pobres, revoltadas com a derrubada de seus cortiços, episódio que ficou conhecido como Bota Abaixo.

Desse conflito surge a figura do malandro, que abraça a marginalidade e reinventa a modernidade imposta aos miseráveis, transformando-se numa espécie de herói e mártir dessa resistência.

As ruas do Rio de Janeiro, o centro da cidade, servem de palco para o espetáculo. Coreografias modernas de sambas em solos, pas de deux e em grupo, além de algumas situações cênicas que costuram todo o enredo, compõe o espetáculo.

O Bota Abaixo, que é dividido em 15 cenas e tem duração de 1 hora, conta com a participação de 8 dançarinos e de um ator convidado. O público faz uma viagem no tempo através da música de Pixinguinha, Geraldo Pereira, Paulo Moura e outros mestres.

A Cia de Dança do Centro Cultural Carioca mostra como a “malandragem” define o comportamento do carioca até os dias de hoje. Apesar de não existir mais aquela figura caricata do malandro, ele está em todos nós.

Nei Lopes dá um depoimento no espetáculo sobre malandragem: “Pelo que me consta não existem mais malandros, todos os malandros já se foram. Eles existem apenas no imaginário das pessoas”.

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Por Marina Cunha
 
 




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